Repousa no fundo do espelho
Imagem desbotada
Dos guerreiros forjados em sangue e sonhos
Resquícios de vitórias parciais
Uma sombra do que fomos
Apagada pelo tempo
Ofuscada por nova luz
Atacada por espectros terríveis
Que julgávamos mortos pelo tanto de nocivos que eram
Ao passar pelo espelho da memória
Impossível não perceber
A brasa que não se apaga
Lembranças em gestação
Ímpetos nutridos com conhecimento histórico
Novos passos e abraços
Cujos rumos são alimentados
Pela perplexidade e pelo amor
Pois é necessário hibernar
Até que chegue a nova primavera