terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Faço parte do Projeto Varal do Brasil há alguns anos, escrevendo para a revista eletrônica, participando de concursos e, agora, escrevendo a orelha do 5º Varal Antológico, uma coletânea de poesia e prosa.
Consulte www.varaldobrasil.com e participe também!






quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ESCRITO POR AÍ - PARÁ, BRASIL

ESCRITO NA PAREDE EXTERNA DE UM CASARÃO ANTIGO E MAL CONSERVADO EM BELÉM DO PARÁ.

 CASA DA LINGUAGEM, EM BELÉM DO PARÁ.

 ESSA EU ENCONTREI ESCRITO NO VERSO DE UM CARDÁPIO NUMA BARRACA DA PRAIS DE PESQUEIRO, NO PARÁ.

AQUI, A HISTÓRIA DE AMOR PRESA NUM PEDAÇO DE PAU NO MEIO DE UM IMENSO MANGUEZAL NA ILHA DE MARAJÓ. 

 INSCRIÇÃO NA PAREDE DO ATELÊ DO ARTISTA CARLOS AMARAL, ÚLTIMO DESCENDENTE DOS ÍNDIOS MARAJOARAS, NA ILHA DE MARAJÓ.

VARANDA LITERÁRIA, NO ATELIÊ DO CERAMISTA RONALDO GUEDES , EM SOURE, ILHA DE MARAJÓ. 

ISSO FOI EM SANTARÉM. ACHEI DIFERENTE....RSSSS

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Intervenções Bradesco ArtRio – instalações de diversos artistas Local: Jardim Histórico do Museu da República

Felipe Barbosa - Walk in Ball - 2015
 


 Úrsula Tautz - Mas que as asas enraízem e que as raízes voem - 2015
Marcos Duarte - Caminhos mais claros - 2015

Suzana Queiroga - 2015

segunda-feira, 20 de julho de 2015

REZA FORTE

Foto: Magali Rios


Já fiz tudo quanto é reza: pra tirar urucubaca, pra trazer amor de volta, até pra fazer chover, mas é a primeira vez que me encomendam esse tipo de coisa. Pelas sete barbas dos camarões baratos, pelos vinte e cinco ossos do bicho da cara preta, pelo rabo da sereia, dessa vez acho que consigo tirar essa vontade de dar da Dona Maricotinha. Marido não pode mais com tamanho fogaréu e, em vez de se fartar no banquete que está posto, me pede pra transforma-lo em lanchinho de dieta. Eu tento. Pelas trinta e três espadas dos cavaleiros da Tavola Redonda, pela
Ponta da lança de São Jorge, pelos fundilhos cruzados de Dona Beja. Eu tento. Há umes não faço outra coisa senão tentar. Mas pelo jeito como Dona Maricotinha me olha, acho que vou abdicar das benzeduras e começar a visita-lá para entrarmos num bom entendimento. Pelas glândulas sexuais dos gnomos da floresta, pelo cheiro forte dos hormônios das antas no cio, pelo balé dos orangotangos antes do acasalamento, valei-me Dona Maricotinha!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

terça-feira, 14 de abril de 2015

VESTIDA PARA MATAR



VESTIDA PARA MATAR
Quando solto meus cabelos e me visto de vermelho, quem há de me segurar?
 Exalo enxofre ou Chanel no. 5, dependendo do nariz que vier me pesquisar.
Transformo os pelos em corais cortantes para os tatos indecentes que vierem me tocar.
Relincho coisas suaves, emito sons dissonantes, ninguém pode me calar.
Sacudo e fico de quatro, empino o rabo pro alto, fico pronta para amar.
Quando solto meus cabelos e me visto de vermelho, tem jóquei pra me montar?

iMAGEM: fERNANDA lEFÈVRE

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

QUANDO EU TINHA 7 ANOS


Quando eu tinha 7 anos meus pés viviam sujos de tudo. Sujos de poeira, de lama, de terra, de água, de.... eu os olhava ao final do dia e ficava com vergonha. Comparava-os aos pés de outras garotas, tão limpinhos, cheirosos, com sapatos coloridos, meias bordadas, dedinhos de unha bem cortadas e branquinhas e esfregava-os com uma bucha vegetal que nascia na cerca lá de casa antes que minha mãe viesse para me mandar tomar banho, jantar e dormir.
Meus pés eram pequenos e eu os utilizava de todas as formas possíveis a que eles cumprissem seu fim. Eu pulava, corria, andava, me arrastava, saltava, subia em árvores, patinava pelos quintais alheios em busca de frutas maduras, brincava de ser saci, disparava pela rua lamacenta nas brincadeiras de pique...
Quando eu tinha 7 anos, tudo que eu possuía eram meus pés alegres, ousados e sempre sujinhos. Que infância feliz!

Depois, vieram os tênis, os saltos, os escarpins. E vieram as meias finas, os passos estudados, ônibus, carros, aviões. E a vida nunca mais foi a mesma.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015