Acorrentado a lembranças,
Interditado a mim mesmo,
Incompleto por natureza,
Seguia escondido na vida
Por medo de não viver.
Até que, sem conhecer-me,
Alguém me olhou nos olhos
Como se espelhos fossem
E me apertou contra o peito
E me embaralhou as pernas
Trazendo-me de volta o querer.
Por desconhecer-me tanto,
quis que eu me acreditasse
Fez com que eu me recriasse
E com profundidade e leveza
Libertou-me e me fez ser.
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